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O Brasil é o epicentro do coronavírus

O Dr. em Ciências Veterinárias pela UFRGS, professor da graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Tocantins e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Virologia, Fabrício Souza Campos, explanou sobre o Coronavírus durante a atividade.

“Estamos convivendo diariamente com os vírus. Estamos em contato com esses microrganismos constantemente. Eles são os seres mais abundantes na terra”, explicou Fabrício.

Segundo o professor, o primeiro caso de coronavírus surgiu em 2002/2003. Trata-se do SARS-CoV-1. O segundo, o MERS-CoV, tinha o camelo como um hospedeiro intermediário e ocorreu em 2012. O SARS-CoV-2 chegou no ser humano em 2019 por uma série de mutações acumuladas ao longo do tempo. “Temos mais de 2 mil e 500 coronavírus diferentes, que infectam diferentes espécies e, em sua maioria morcegos, mas somente agora o vírus conseguiu chegar nos seres humanos de uma maneira mais impactante”.

Fabrício explanou que o novo coronavírus surgiu na China, mas poderia ter surgido em qualquer outro local. Hoje, o Brasil é considerado um dos epicentros da doença devido à dificuldade de obedecer o distanciamento social.

“Estamos há 3 meses em distanciamento social mas está sendo parcial. Nossos hospitais estão lotados. Daqui a pouco Porto Alegre/RS vai ter que tomar uma medida mais drástica, fazendo um lockdown.”

Existe um grande número de pessoas assintomáticas. Por isso o risco é muito grande e as escolas foram fechadas. Na Europa, as escolas que abriram em alguns países precisaram voltar a fechar pela rapidez do contágio.

Hábitos como o uso do álcool em gel e lavar as mãos com água e sabão diminuem o risco de contaminação do vírus, pois ele possui uma camada envelopada que é facilmente destruída por essas substâncias.

Outra medida que diminui o risco de contaminação é o uso de máscaras. “Estamos falando de um vírus respiratório e essas partículas viajam no ar. Duas pessoas usando máscara diminui bastante a probabilidade de disseminação do vírus”.

“Sendo muito otimista, só vamos ter uma vacina no final do ano ou 2021. Mesmo assim, a produção de doses para todo mundo vai durar um bom tempo”, finalizou.